Reino Protista
A complexidade da célula
eucariótica de um protozoário é tão grande, que ela - sozinha - executa
todas as funções que tecidos, órgãos e sistemas realizam em um ser
pluricelular complexo. Locomoção, respiração, excreção, controle
hídrico, reprodução e relacionamento com o ambiente, tudo é executado
por uma única célula, que conta com algumas estruturas capazes de
realizar alguns desses papéis específicos, como em um organismo
pluricelular.
Segundo a classificação dos seres vivos em cinco reinos (Whittaker – 1969), um deles, o dos Protistas, agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. Neste reino se colocam as algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas), que são protistas autótrofos (fotossintetizantes). Os protozoários são protistas heterótrofos.
A célula
A célula de um
protista é semelhante às células de animais e plantas, mas há
particularidades. Os plastos das algas são diferentes dos das plantas
quanto à sua organização interna de membranas fotossintéticas.
Ocorrem cílios e flagelos
para a locomoção. A célula do protozoário tem uma membrana simples ou
reforçada por capas externas protéicas ou, ainda, por carapaças
minerais, como certas amebas (tecamebas).
Os radiolários e heliozoários possuem um esqueleto intracelular composto de sílica.
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Os foraminíferos são dotados de carapaças externas feitas de carbonato de cálcio. As algas diatomáceas possuem carapaças silicosas.
Os protistas podem ainda ter adaptações de forma e estrutura de acordo com o seu modo de vida: parasita, ou de vida livre.
O citoplasma está diferenciado em duas
zonas, uma externa, hialina, o ectoplasma, e outra interna, granular, o
endoplasma. Nesta, existem vacúolos digestivos e inclusões.
Reino Plantae ou Metaphyta
As plantas são seres pluricelulares e eucariontes.
Nesses aspectos elas são semelhantes aos animais e a muitos tipos de
fungos; entretanto, têm uma característica que as distingue desses seres
- são autotróficas. Como já vimos, seres autotróficos são aqueles que produzem o próprio alimento pelo processo da fotossíntese.
Utilizando a luz, ou seja, a energia luminosa, as plantas produzem a glicose, matéria orgânica formada a partir da água e do gás carbônico que obtêm do alimento, e liberam o gás oxigênio.
As plantas, juntamente com outros seres fotossintetizantes, são produtoras de matéria orgânica que nutre a maioria dos seres vivos da Terra, atuando na base das cadeias alimentares. Ao fornecer o gás oxigênio
ao ambiente, as plantas também contribuem para a manutenção da vida dos
seres que, assim como elas próprias, utilizam esse gás na respiração.
As plantas conquistaram quase todos os ambientes da superfície da Terra.
Segundo a hipótese mais aceita, elas evoluíram a partir de ancestrais protistas.
Provavelmente, esses ancestrais seriam tipos de algas pertencentes ao
grupo dos protistas que se desenvolveram na água. Foram observadas
semelhanças entre alguns tipos de clorofila que existem tanto nas algas
verdes como nas plantas.
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A partir dessas e de outras semelhanças, supõe-se que as algas verdes aquáticas são ancestrais diretas das plantas.
Há cerca de 500 milhões de anos, as
plantas iniciaram a ocupação do ambiente terrestre. Este ambiente
oferece às plantas vantagens como: maior facilidade na captação da luz,
já que ela não chega às grandes profundidades da água, e facilidade da
troca de gases, devido à maior concentração de gás carbônico e gás oxigênio na atmosfera. Esses fatores são importantes no processo da respiração e da fotossíntese.
Mas e quanto a presença da água, tão necessária à vida?
Ao compararmos o ambiente terrestre com o ambiente aquático, verificamos que no terrestre a quantidade de água sob a forma líquida é bem menor e também que a maior parte dela está acumulada no interior do solo.
Como, então, as plantas sobrevivem no ambiente terrestre? Isso é possível porque elas apresentam adaptações que lhes possibilitam desenvolver no ambiente terrestre e ocupá-lo eficientemente. As plantas adaptadas ao ambiente terrestre apresentam, por exemplo, estruturas que permitem a absorção de água presente no solo e outras estruturas que impedem a perda excessiva se água. Veremos mais adiante como isso ocorre.
Devemos lembrar que alguns grupos de plantas continuaram sobrevivendo em ambiente aquático.
Reino Monera
O reino monera é formado por bactérias, cianobactérias e arqueobactérias
(também chamadas arqueas), todos seres muito simples, unicelulares e
com célula procariótica (sem núcleo diferenciado). Esses seres
microscópios são geralmente menores do que 8 micrômetros ( 1µm = 0,001
mm).
As bactérias (do grego bakteria:
'bastão') são encontrados em todos os ecossistemas da Terra e são de
grande importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As
bactérias são encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce,
solo, ar e, inclusive, no interior de muitos seres vivos.
Exemplos da importância das bactérias:
- na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto aeróbia, quanto anaerobiamente;
- agentes que provocam doença no homem;
- em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na indústria de transformação do leite em coalhada;
- no ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o nitrogênio atmosférico possa ser utilizado pelas plantas;
- em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias, entre elas a insulina e o hormônio de crescimento.
Estrutura das Bactérias
Bactérias são microorganismos
unicelulares, procariotos, podendo viver isoladamente ou construir
agrupamentos coloniais de diversos formatos. A célula bacterianas contém
os quatro componentes fundamentais a qualquer célula: membrana
plasmática, hialoplasma, ribossomos e cromatina, no caso, uma molécula de DNA circular, que constitui o único cromossomo bacteriano.
A região ocupada pelo cromossomo bacteriano costuma ser denominada nucleóide.
Externamente à membrana plasmática existe uma parede celular (membrana
esquelética, de composição química específica de bactérias).
É comum existirem plasmídios
- moléculas de DNA não ligada ao cromossomo bacteriano - espalhados
pelo hialoplasma. Plasmídios costumam conter genes para resistência a
antibióticos.
Algumas espécies de bactérias possuem, externamente à membrana esquelética, outro envoltório, mucilaginoso, chamado de cápsula.
É o caso dos pneumococos (bactérias causadoras de pneumonia).
Descobriu-se que a periculosidade dessas bactérias reside na cápsula em
um experimento, ratos infectados com pneumococo sem cápsula tiveram a
doença porém não morreram, enquanto pneumococos capsulados causaram
pneumonia letal.
A parede da célula bacteriana, também
conhecida como membrana esquelética, reveste externamente a membrana
plasmática, e é constituída de uma substância química exclusiva das
bactérias conhecida como mureína (ácido n-acetil murâmico).
Reino Fungi
Os fungos são popularmente conhecidos por bolores, mofos, fermentos, levedos, orelhas-de-pau, trufas e cogumelos-de-chapéu (champignon).
É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200.000 espécies
espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente.
Os Fungos e sua Importância
Ecológica
Os fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; como parasitas,
quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos
quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas
com outros organismos, em que ambos se beneficiam. Além desses modos
mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam.
Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos.
Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se
instalam, degradando-o à moléculas simples, que são absorvidas pelo
fungo como uma solução aquosa.
Fungos apodrecendo o morango.
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Os fungos saprófagos
são responsáveis por grande parte da degradação da matéria orgânica,
propiciando a reciclagem de nutrientes. Juntamente com as bactérias
saprófagas, eles compõem o grupos dos organismos decompositores, de
grande importância ecológica. No processo da decomposição, a matéria
orgânica contida em organismos mortos é devolvida ao ambiente, podendo
ser novamente utilizada por outros organismos.
Apesar desse aspecto positivo da
decomposição, os fungos são responsáveis pelo apodrecimento de
alimentos, de madeira utilizada em diferentes tipos de construções de
tecidos, provocando sérios prejuízos econômicos. Os fungos parasitas
provocam doenças em plantas e em animais, inclusive no homem.
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A ferrugem do cafeeiro, por exemplo, é uma parasitose provocada por fungo; as pequenas manchas negras, indicando necrose em folhas, como a da soja, ilustrada a seguir, são devidas ao ataque por fungos.
Folha da soja com sintomas da ferrugem asiática.
Em muitos casos os fungos parasitas das
plantas possuem hifas especializadas - haustórios - que penetram nas
células do hospedeiro usando os estomas como porta de entrada para a
estrutura vegetal. Das células da planta captam açúcares para a sua
alimentação.
Dentre os fungos mutualísticos, existem os que vivem associados a raízes de plantas formando as micorrizas
(mico= fungo; rizas = raízes). Nesses casos os fungos degradam
materiais do solo, absorvem esses materiais degradados e os transferem à
planta, propiciando-lhe um crescimento sadio. A planta, por sua vez,
cede ao fungo certos açucares e aminoácidos de que ele necessita para
viver.
Algumas plantas que formam as micorrizas naturalmente são o tomateiro, o morangueiro, a macieira e as gramínias em geral.
As micorrizas são muito freqüentes
também em plantas típicas de ambientes com solo pobre de nutrientes
minerais, como os cerrados, no território brasileiro. Nesses casos, elas
representam um fator importânte de adaptação, melhorando as condições
de nutrição da planta.
Certos grupos de fungos podem
estabelecer associações mutualísticas com cianobactérias ou com algas
verdes, dando origem a organismos denominados líquens. Estes serão discutidos posteriormente.
Reino Animalia
Poríferos
O filo Porífera é constituído por animais
pluricelulares que apresentam poros na parede do corpo. São conhecidas
cerca de 5 mil espécies de poríferos, todos aquáticos. Eles são
predominantemente marinhos (minoria em água doce), sendo encontrados
desde o nível das praias até uma profundidade de 6 mil metros.
Os poríferos são animais sésseis,
fixando-se sobre rochas, conchas, etc. Apresentam formas variadas, sendo
assimétricos ou de simetria radial. As maiores esponjas medem 2 metros,
mas há espécies minúsculas de l mm.
Embora pluricelulares, os poríferos têm
uma estrutura corporal diferente dos demais metazoários. As suas células
possuem um certo grau de independência e não se organizam em tecidos.
A parede do corpo é constituída por 2
camadas celulares. A camada externa é formada por células achatadas
(pinócitos). Entre os pinócitos, há células maiores e alongadas que se
estendem desde a parede externa até a parede interna. São os porócitos,
células que possuem um canal em seu interior, que permite a entrada de água do exterior para a espongiocela, através da abertura chamada óstio.
A camada interna é formada por células
flageladas providas de um colarinho, formação membranosa que envolve o
flagelo. Essas células, chamadas coanócitos, revestem a esponjiocela ; o
batimento de seus flagelos faz com que a água existente em seu interior da cavidade saia pelo ósculo.
Entre as camadas internas e externas há
uma mesênquima gelatinosa, nas quais se encontram células e espículas.
As células são dotadas de movimentos ameboides e por isso são
denominadas amebócitos. As espículas são elementos esqueléticos que
sustentam a parede do corpo e mantêm a esponja ereta.
Reconhecem-se três tipos estruturas de
esponjas : ascon, sicon e lêucon, que diferem entre si pela complexidade
da parede do corpo.
O tipo ascon é o mias simples. A parede é
fina e possui poros inalantes que se abrem diretamente na espongiocela.
Esta é revestida por coanócitos. As esponjas do gênero Leucosoleina
pertecem aos ascons.
Nas esponjas do tipo sicon, a parede do corpo é formada por projeções em forma de
dedos. Identificam-se dois tipos de canais: os inalantes e os radiais. A
água penetra pelas camadas radiais, indo para a espongiocela. Os canais
radiais são revestidos internamente por coanócitos.
No tipo leucon, a parede do corpo é mais
espessa e percorrida por um complicado sistema de canais. Há canais
inalantes e exalantes e, entre eles, câmaras revestidas por coanócitos.
A água penetra pelos canais inalantes,
passa por câmaras vibráteis e vai à espongiocela pelos canais exalantes.
As esponjas adultas não se locomovem. Os poros podem se abrir ou
fechar.
A respiração é aeróbia. O Oxigênio penetra na esponja dissolvido na água. Cada célula efetua com o meio trocas gasosas. O gás carbônico produzido sai para o exterior também dissolvido na água.
As esponjas não possuem sistema nervoso e
células sensoriais. Apesar disso, a maioria é capaz de contrair-se
quando submetida a estímulos fortes. Nesse caso, os estímulos são
transmitidos de célula para célula.
A reprodução das esponjas pode ser assexuada e sexuada. No caso da assexuada, reconhecem-se três proceso:
Regeneração: os poríferos possuem grande
poder de regenerar partes perdidas do corpo. Qualquer parte cortada de
uma esponja tem a capacidade de se tornar uma nova esponja completa.
Brotamento: consiste na formação de um broto a partir da esponja-mãe. Os brotos podem se separar, constituindo novos animais.
Gemulação: é um processo realizado pelas
espécies de água doce e alguns marinhos. Consiste na produção de
gêmulos, um grupo de ameboides que são envolvidos por uma membrana
grossa e resistente.
Quando a reprodução é sexuada, observa-se
que a maioria das esponjas é hermafrodita, embora existam espécies com
sexo separado, não há gônadas para a formação de gametas, sendo estes
originados pelos asqueócitos. A fecundação (interna) e as primeiras
fases do desenvolvimento embrionário ocorrem no interior do organismo
materno. Nas esponjas do tipo sicon, do ovo origina-se uma larva
denominada anifiblástula, que sai pelo ósculo e fixa-se ao substrato,
originando uma nova esponja.
As três principais classes de esponjas são: Calcárias, hexactinélidas e desmospôngias.
Calcárias: possuem espículas de carbonato de cálcio. Nessa classe encontram-se esponjas dos tipos oscon, sicon e leucon. São esponjas pequenas e vivem em águas rasas.
Hexactinálidas: possuem
espículas silicosas. Na maioria das vezes essas espículas formam uma
rede que se assemelha a vidro quando seca, por isso são conhecidas como
esponjas-de-vidro.
Desmospôngias: possuem
espículas silicosas, fibras de espongina ou ambas. A esta classe
pertence a maioria das esponjas. São todas do tipo leucon e apresentam
formatos irregulares. Vivem em águas rasas e profundas, e entre elas
estão as esponjas de banho.
Celenterados
Animais com
a hidra, as águas-vivas e os corais pertencem ao filo celenterata. São
animais de estrutura bastante simples. Sua organização é de nível
tecidual, ou seja, suas células agrupam-se em tecidos especializados
para realizar as diferentes funções, sem, contudo, haverem órgão
complexos.
Apesar de
sua simplicidade, os celenterados são um grupo bem-sucedido. Existe em
grande número em ambientes marinhos, preferencialmente em águas
tropicais de pouca profundidade. Poucas espécies são de águas doces e
não há entre os celenterados representante terrestre.
Os celenterados são animais diploblasticos. A parede de seu corpo é formada por duas camadas
celulares: a epiderme, externa, e a gastroderme, interna. Entre as duas
camadas celulare, há uma massa gelatinosa denominada mesogléia.
Os celenterados possuem simetria: as partes do corpo distribuiem-se em rados ao redor de um eixo simples.
Algumas formas de celenterados vivem
livremente, enquanto outras formam colônias. É comum entre esses animais
o poliformismo, ou seja, a presença de duas ou mais formas diferentes
na mesma espécie. O poliformismo pode ser evidênciado em colônias onde
coexistem diferentes formas de uma mesma espécie ou, em indivíduos que
durante o seu ciclo de vida passam por uma sucessão de formas corporais diferentes.
Basicamente, distinguem-se duas formas corpóreas entre s celenterados: o pólipo ou hidrante e a medusa.
Os pólipos têm o aspecto de um cilindro
de base fechada, por onde se fixam a um substrato. Na parte superior,
localiza-se a boca, que é ladeada por tentáculos.
As medusas têm o aspecto de um
guarda-chuva aberto, onde a boca se representa voltada para baixo e
também rodeada por tentáculos. Seu corpo é gelatinoso e nadam
livremente.
A hidra é um pequeno pólipo encontrado em
águas doces de lagos e rios, onde se fixam na superfície de rochas ou
de vegetais aquáticos.
A parede do corpo de uma hidra,
obedecendo a características presentes em todos os celenterados,
apresenta-se constituída por duas camadas celulares. A camada externa é a
epiderme e a interna é a gastroderme, sendo que entre ambas há uma
mesogleia delgada.
Em águas pouco profundas, logo abaixo do
nível das marés, encontram-se animais com aparência de musgos,
pertencentes ao gênero obelia.
A obelia é uma colônia de pólipos, ou
seja, um conjunto de indivíduos agrupados com prepartição de trabalho.
Além disso, possuem uma fase intermediária de vida na forma de medusa.
Há três classes de celenterados: hidrozoários, cifozoários e antozoários.
Hidrozoários: são pólipos bem
desenvolvidos com fase de medusa pequena ou ausente. Em algumas espécies
há reprodução por metag^nesse. A esta classe pertencem a hidra, a
obelia e a physadia.
Cifozoários: predominam as grandes
medusas, chamadas cifomedusas. Os pólipos, chamados cifístomas, são de
pequeno tamanho e de vida curta. Os cifozoários são exclusivamente
marinhos. Como representante desta classe, temos a Aurelia SP ou
água-viva.
Antozoários: São exclusivamnete pólipos e
não fazem metagênese. São todos marinhos, como os corais e
anêmonas-do-mar ou actínias.
Platelmindos
Animais como as planárias, esquistossomos
e os solitários pertecem ao filo platylminthes ou platelmintos. Possuem
o corpo achatado dorsoventralmente, daí serem conhecidos como vermes
achatados.
Sob a designação vermes incluem-se, além
dos platerlmintos, dois outros filos de animais que não possuem
esqueleto: asquelmintos e anelídeos.
Os asquelmintos (lombriga) são os vermes cilíndricos. Os anelídeos
(minhoca) têm o corpo constituido por anéis, daí serem conhecidos como
vermes segmentares.
Os vermes apresentam considerável
progresso em relação aos políferos e celenterados. Podemos constatar
isso caracterizando os platelmintos : trata-se de animais de simetria
bilateral, triblásticos, acelomados, com sistema nervoso centralizado,
sistema digestivo incompleto e dispondo de sistema excretor e gônadas
permanentes.
A planária é um verme de vida livre
encontrado nas águas doces de rios, lagos e fontes. Nesses locais vive
junto a parte inferior de plantas, troncos submersos e rochas.
O corpo é revestido pela epiderme. Esta é
constituída por uma camada única de células cúbicas que repousam sobre
uma menbrana basal. As células epidermicas são ciliadas, absorvendo-se
maior desenvolvimento da célula na parte ventral do corpo.
Sob a menbrana basal, há 3 camadas de
fibras musculosas. A mais externa e circular, a mediana diagonal, e a
interna longitudinal. Há também fibras musculares dorsoventrais.
A planária possue sistema digestivo
incompleto. É constituida por boca, faringe e intestino com 3 ramos. Não
há ânus. É um animal carnívoro que se alimenta de pequenos animais
vivos ou mortos. Sobrepõe-se ao alimento por sucção.
O alimento fundamental do sistema
excretar é a célula flama ou solenócio. Trata-se de uma célula com a
forma de um tubo, em cujo interior há uma cavidade. No interior da
cavidade há um grupo de flagelos, cujo o movimento lembra a chama de uma
vela (daí o nome célula-flama).
A planária possui sistema nervoso do tipo
centralizado. Na região cefálica existem dois gânglios celibróides
interligados, dos quais partem dois cardões nervosos longitudinais.
Estes possuem conexão transversais e ramos periféricos.
Não existe sistema respiratório e circulatório. O oxigênio e o gas carbônico atravessam a parte do corpo por simples difusão.
A planária apresenta ao mesmo tempo genitais masculinos e femininos, sendo, portanto, monóica ou hermafrodita.
As estruturas reprodutivas são as mais
complexas encontradas em seu organismo ventral do corpo, há um átrio
genital masculino e feminino. O átrio comunica-se com o meio externo
através de poucos genitais. O genital feminino é constituido por dois
ovários.
O filo platelminto é dividido em três classes: tuberlários, trematóides e astóides.
Turbelários : são todos vermes de vida livre, como representantes temos a planária, cujas as caracteristicas já foram estudadas.
Trematódeos: seu corpo é revestido por
uma cutícula, estando ausentes a epiderme e cílios. A boca é anterior e o
intestino bifurca-se em dois ramos.
Astóides: são vermes parasitas que vivem
principalmente no intestino de vertebrados. O corpo é revestido por uma
cutícula grossa e dividido em segmentos denominados proglotes. Não
possuem boca nem aparelho digestivo.
A esquistossomose ou barriga-d’àgua é a
doença causada pelo verme shistesoma manioni. Trata-se de um verme se
sexo separado, cujos machos medem cerca de 12mm de comprimento por 0,44
mm de largura. No meio do corpo ele possui um canal denominado
ginecóforo, onde se aloja a fêmea no momento da reprodução. A fêmea é
pouco mais comprida que o macho, mas tem o corpo mais fino.
Para compreender como os esqustossomose é
adquirida fa-se necessário o estudo de ciclo vital do esquistossomose.
Tudo começa quando as larvas do verme, as cercárias, penetram no
organismo humano através da pele. Essas larvas são encontradas
principalmente em águas paradas, de modo que o principal meio de
contaminação são as banhas em lagoas infestadas.
Os sinais e sintomas da esquistossomose têm relação com a locomoção dos vermes no organismo humano.
A profilacia da doença se faz pelo
combate ao caramujo, que é o hospedeiro intermediários. São também
medidas impotentes às relativas à educação sanitária, desinsentivando o uso de águas paradas como lugar para banho.
Há dois tipos de solitária, teônia solium
e a teônia saginata, ambas são parasitas entestinais e causam a doença
denominada teniose.
A toenia solium é um verme hermafrodita
com 3 a 9 m de comprimento em sua fase adulta. Seu corpo tem 3 partes:
cabeça ou escálex, colo ou pescoço e estrábilo ou corpo propriamente
dito.
NEMATELMINTOS
Os asquelmintos são vermes de corpo
cilíndrico, trata-se de animais triblásticos, protostânios, de simetria
bilateral, pseudocelomados e não segmentados. Tem o corpo revestido por
uma culícula espessa e contínua e apresentam sistema digestivo completo;
sua digestão é exclusivamente extracelular.
A existência de uma cavidade do corpo, o
pseudoceloma, representa uma vantagem das asquelmintos em relação aos
platelmintos. Essa cavidade aumenta o espaço interno, permitindo que os
órgãos se enrolem.
Os animais pseudocelomados são
classificados em 3 filos diferentes o primeiro filo é o entoprocta,
formado por pequenas espécies aguáticas, em sua maioria marinhos.
O segundo, denominado aconthocephala,
compõem-se de vermes dotados de uma tromba cefálica retrátil, provida de
espinhos. O terceiro e último é o filo Aschelminthes. Neste, é de
particular interesse o estudo de uma classe, a Nematada.
Apesar de grande diversidade de espécies,
pode-se dizer que todos são estruturadamebte semelhantes. Por isso, as
características observadas no estudo do Ascaris lumbricoides darão uma
boa idéia de todo o grupo.
O Ascaris lumbricoides, popularmente
conhecido como lombriga, é um verme parasita. Habita o intestino de
porcos e homens, onde se nutre de alimentos já digeridos.
Dá-se o nome de ascaridíase a doença causada pela Ascaris lumbricoides.
As fêmeas da Ascaris eliminam grande
quantidade de ovos, que chegam ao meio exterior com as fezes do
hospedeiro, contaminando a água e os alimentos. A ascaridiáse é
adquirida pela ingestão desses ovos. Esses ovos chegam até os pulmões,
as larvas rompem os aovéolos, sobem pela árvore respiratória e chegam à
faringe, onde são deglutidas. Ao chegar ao intestino delgado,
transforma-se em vermes adultos.
Raramente as larvas migratórias causam
problemas no fígado e nos pulmões. No intestino delgado, os vermes
adultos expoliam o organismo, nutrindo-se de alimentos já digeridos. O
doente apresenta sintomas variados, como fome, dores vagas no abdômen,
digestão difícil, diarréia ou prisão de ventre, náuseas e, as vezes,
vômitos. Um número excessivo de vermes apresenta o perigo de abustrução
intestinal. Além de lombrigas, existem outros nematódios causadores de
doenças, como o Necator americanus (amarelão), a Wucheria bamcrofti
(filariose), etc.
Anelídeos
Animais como a minhoca e a senguessuga
pertencem ao filo anelida ou anelídeos. São vermes anelados, animais
cujo corpo se divide em anéis ou segmentos.
Os anelídeos são animais triblásticos,
celomados e de simetria bilateral. O celoma não é aqui uma cavidade
única, mas se apresenta dividido em partes por septos de origem
mesodérmica.
Os anelídeos são classificados segundo o
número de cerdos que possuem. De acordo com esse critério, distinguem-se
três classes pertencentes ao filo Annelida:
Oligoquetos: classe oligachoeta: anelídeos com formas certas. Exemplo: minhocas.
Poliquetos: classe polychoeta: São anelídeos que possuem muitas cerdas. Exemplo: Wereis
Miruolíneos: classe Mirudínea: quase todas as espécies sem cerdas. Exemplo: sanguessuga.
O principal exemplo de anelídeos é a
minhoca, normalmente por seu papel como agente espontânea e voluntária
do beneficiamento do solo, em diversos países do mundo.
O corpo é revestido por uma cutícula fina
e transparente. Abaixo dela, situa-se um epitélio simples, constituído
por células cilíndricas. Nele encontram-se células glandulares
secretoras de muco, fotorreceptoras e sensoriais.
O sistema digestivo é completo. Trata-se
de um tubo retilíneo, localizado na parte cntral do corpo sustentado por
pregas de mosoderme.
O sistema circulatório é fechado, ou
seja, o sangue só circula no interior de vasos sanguíneos. Na região
dorsal do corpo, pode ser visto externamente, por transparência, um vaso
longitudinal dorsal, localizado sobre o intestino.
As minhocas não possuem sistema respiratório.
A respiração é cutânea, e a troca de
gases dá-se pela pela superfície do corpo, para isso é importante que a
célula esteja umedecida, o que facilita a difusão de gases. O sangue,
que chega à parede do corpo pelas capilares, libera o gás carbônico e se
oxigena.
O sistema nervoso é centralizado. Na
extremidade anterior do corpo, há dois gânglios celebrais ou
sufra-esofágicos que, por meio de um anel periofágico, se comunicam com
dois gânglios subesofágicos.
A reprodução ocorre por fecundação
cruzada entre dois indivíduos que se unem pela região de clitelo. Nessa
ocasião, uma minhoca deposita espermatozoides no receptáculo seminal da
outra. Após a troca de espermatozóides, os animais se separam e forma-se
um casulo na região do clitelo.
Existem cerca de 5.300 espécies de
poliquetos, a maioria vivente no mar. Os poliquetos diferem dos
oligoquetos em vários aspectos. Em primeiro lugar, possuem uma cabeça
diferenciada na qual existem apêndices sensitivos. Possuem, ainda, em
cada anel do corpo, numerosas cerdas concentradas em expansões laterais,
que funcionam como rudimentos, de patas, servindo à locomoção. São os
parapódios.
Os hirudíneos, são vermes aquáticos e
terrestres que não possuem cerdasd e cuja segmentação externa não
corresponde à interna: há cerca de três aneis eneis externos para cada
metámetro interno. As sanguessugas possuem nas extremidades do corpo que
usam para locomoção e fixação.
MOLUSCOS
Os moluscos são animais predominantemente
marinhos, embora existam espécies de água doce e terrestre. A maioria é
de vida livre podendo viver fixos, enterrados, ou ainda nadando e
andando. Há representantes de grande importância econômica, como as
ostras, que produzem pérolas, e os mariscos comestíveis.
Embora possuam grande diversidade de
espécies e não exista um tipo específico de molusco, todos eles
presentam um mesmo plano estrutural e funcional.
Os moluscos são animais de simetria
bilateral, triblásticos e não segmentados. O corpo é revestido por um
epitélio simples, ciliado e com glândulas mucosas. O sistema digestivo é
completo.
O sistema circulatório é lacunar ou
aberto, havendo um coração dorsal. A respiração pode ser cutânea,
branquial ou pulmonar. A excreção se faz por rins. O sistema nervoso é
muito centralizado e do tipo ganglionar. Há estruturas sensoriais,
tácteis, visuais, quimiorreceptoras e de equilíbrio.
A reprodução é exclusivamente sexuada. Na
maioria, os sexos são separados, embora existam espécies hermafroditas.
A fecundação pode ser interna ou externa. O desenvolvimento pode ser
direto ou indireto.
O filo dos moluscos possui seis classes,
entre as quais se destacam a classe dos gastrópodes, a dos pelecípodes e
os cefalópodes.
São conhecidas cerca de 25 mil espécies
de moluscos da classe dos gastropódes, vivendo em águas salgadas e
doces, e outras em ambiente terrestre. A maioria é herbívora. Essa
classe possui, entre outros, o caracol, a lesma e o caramujo.
Constituem-se de boca, faringe, esôfago,
estômago, intestino e ânus. Apresenta glândulas anexas salivares e um
fígado lobulado que desemboca no estômago. O caracol possui uma rádula
situada na faringe, com função de raspar o alimento.
São constituídos por um único rim, que
retira os catabólitos da cavidade pericérdica. Estes são levados por um
conduto excretor que se abre junto ao ânus.
O caracol de jardim é hermafrodita.
Possui um sistema reprodutor bastante complicado. Há uma glândula
hermafrodita denominada ovotestis que produz óvulos e espermatozoides em
épocas diferentes.
Os moluscos pelecípodes apresentam corpo
mole, localizado dentro de uma concha rígida que possui duas partes ou
valvas. São, por isso, conhecidos como moluscos bivalvos.
Os moluscos cefalópodes caracterizam-se
por terem poderosos tentáculos, diretamente ligado à cabeça. São os
moluscos mais desenvolvidos. Exclusivamente marinhos, em geral são bons
nadadores e perseguem suas vítimas (peixes, crustáceos e outros
moluscos) agarrando-os com poderosas ventosas existentes nos tentáculos.
ARTRÓPODES
Dentro do estudo dos invertebrados, o
filo artrópodes merece atenção especial. Ele agrupa mais de 800 mil
espécies, quantia que supera todos os demais filos reunidos. Além disso,
merecem citação a grande diversidade dessas espécies; Sua boa adaptação
a diferentes ambientes; as vantagens em copetição com outras espécies; a
excepcional capacidade reprodutória; a eficiência na execução de suas
funções; a resistência a substâncias tóxicas e a sua perfeita
reorganização social, caso das abelhas, formigas e cupins.
Os artrópodes são invertebrados que
possuem patas articuladas, nome formado de Athros, que significa
articulações, o podes, que significa pés patas. Os artrópodes tem uma
carapaça protetora externa, que é o seu esqueleto, formada por uma
substância resitente e impermeável, chamada quitina, endurecida por
conter muito carbonato de cálcio.
Ao crescer, o artrópode abandonam o
esqueleto velho, pequeno, e fabrica outro, maior. Esse fenômeno é
chamado muda. Ela ocorre várias vezes para que o animal possa atingir o
tamanho adulto.
Os artrópodes, no entanto, não possuem
apenas patas articuladas, mas sim todas as suas e extremidades, como as
antenas e as peças bucais. Os seus membros inferiores são formados por
partes que se articulam, ou seja, que se movimentam umas em relação às
outras: os seus pés se articulam com suas pernas, que se articulam
também comm suas coxas, que também se articulam com os ossos do quadril.
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTRÓPODES:
Os artrópodes podem ser classificados em cinco classes principais, usando como critério o número de patas.
No de patas Classe Exemplos 6 Insetos
Barata, mosquito 8 Aracnídeos Aranha, escorpião 10 Crustáceos Camarão,
siri 1 par por segmento Quilópodes Lacraia 2 par por segmento Diplópodes
Piolho de cobra INSETOS.
São artrópodes com seis patas distribuída
em três partes. Os insetos apresenta o corpo subdividido cabeça, tórax e
abdome. Possuem um par de antenas e três pares de patas no tórax. Nas
maioria das espécies, há dois pares de asas, mas há espécies com apenas
um par e outros sem asas.
O corpo dos insetos e formado por três
regiões: cabeça, tórax e abdome. Na cabeça das insetos, podemos notar
antenas, olhos e peças bucais.
As antenas são utilizadas para a
orientação. Todos insetos tem um par de antenas. Os olhos os insetos
possuem dois tipos de olhos:
- 2 olhos compostos, isto é, formados por várias unidades, que permite enxergar em várias direções ao mesmo tempo;
- 3 olhos simples, também conhecidos por ocelos.
Esse conjunto de olhos proporciona aos insetos uma excelente visão. Eles podem enxergar coisas que não são visíveis ao homem.
As peças bucais, todas dotadas de
articulação, estão diretamente relacionadas com a alimentação. Assim, as
peças bucais podem ser de vários tipos, conforme os hábitos alimentares
dos insetos.
O tórax dos insetos é dividido em três
partes; em cada uma delas prende-se um par de patas. É ainda no tórax
que se prendem as asas, existentes na maioria dos insetos. Quando ao
número de asas , existem 3 tipos de insetos: sem asas, com um par de
asas e com dois pares de asas.
A Respiração dos insetos se dá através de
traquéias, pequenos canais que ligam as células do interior do corpo
com o meio ambiente. Ao longo de todo o corpo de um inseto podem ser ver
os estimas , pequenas manhas onde se abrem as traquéias.
Os insetos são animais de sexos separados
e ovíparos. Depois que os ovos são botados pelas fêmeas, eles se
desenvolvem e forma um novo inseto. Alguns insetos tem desenvolvimento
direto: do ovo nasce uma forma jovem, que já tem o aspecto do adulto,
embora menor. É, por exemplo, o caso da traça. O desenvolvimento da
mosca é indireto: ela nasce diferente do adulto, e passa por mudanças na
forma do corpo, enquanto se transforma de recém- nascida em adulta.
Dizemos que a mosca sofre metamorfose.
Todas as formas que tem aspecto diferente do adulto chama-se larvas. Nem
todos os insetos apresentam metamorfose, mas ela ocorre na maioria
deles. Você já deve ter visto as lagartas das borboletas: elas são
larvas que se transformarão em borboletas adultas.
A borboleta bota o ovo em uma folha, e desse ovo nasce uma lagarta, que é a primeira forma de larva desses insetos.
Em seguida, a lagarta se transforma, passando por outras formas de larva, até originar a borboleta adulta.
Existem aproximadamente 800 mil espécies
de insetos, distribuídas por mais de 30 ordens. Um dos critérios usados
para a classificação dos insetos é o número e a forma das asas.
Ordem Características Exemplos
Himenópteros asas parecidas com membranas- aqui se incluem insetos sem
asas Formiga e Abelha Dípteros duas asas Mosca e Mosquito Coleópteros
asas formando estojo Besouro Ortópteros asas retas, formando angulo reto
com o corpo Barata e Gafanhoto Lepidópteros asas com escamas Borboleta e
Mariposa.
O equilíbrio ecológico, em todo
ecossistema, é mantido graças a uma série de relações, algumas positivas
e outras negativas. Uma relação altamente positiva é a que ocorre entre
os insetos voadores e as flores. Para que as plantas se reproduzam há
necessidade de que o grão de pólen de uma flor seja transportada até
outra flor. Esse transporte chama-se polinização, e é realizado pelos
insetos voadores e por vários outros agentes.
O transporte do pólen, é realizado em
grande parte pelos insetos, é de extrema importância na preservação de
matas, florestas, jardins, pomares. É, enfim, essencial à preservação de
numerosos ecossistemas. Um exemplo de relação negativa é o que ocorre
entre o gafanhoto e as plantações. O gafanhoto é um predador voraz e
vive em enormes bandos, capazes de destruir rapidamente plantações
inteiras.
Um outro inseto menos voraz é o bicho-da-seda, uma mariposa cujas larvas alimentam-se de folhas, principalmente de amoreiras.
Embora alimentam-se dessas folhas, as
larvas do bicho-da-seda são muito úteis, pois produzem a seda, tão
importante na industrialização de tecidos.
Os insetos trazem poucos benefícios
diretos à saúde humana. A abelha, no entanto, é um exemplo de benefício
direto, pois produz o mel, que usamos como alimento e possui ótimo valor
nutritivo.
A maior parte das relações diretas entre
os insetos e o homem é nociva. Assim, por exemplo, muitas abelhas, que
são tão úteis, são também venenosas, e seus venenos podem provocar forte
dor e grande reação local. As picadas de abelha, no entanto, geralmente
não causão grandes males.
O maior mal que os insetos causam a saúde
humana é a transmissão de outros seres vivos, que causam doenças. É o
caso, por exemplo, da mosca- doméstica, que pousa no lixo e em outros
lugares contaminados e depois pousa nos nossos alimentos, trazendo
sujeira e micróbios. Assim, ela pode causar diversas doenças, como a
disenteria.
Outros exemplos de doenças transmitidas
por insetos são a elefantíase, a malária, a febre amarela, a doença de
chagas e o dengue.
Caranguejo ou siri?
Muita gente confunde caranguejo com siri.
Eles podem, no entanto, ser diferenciado facilmente por várias
características. Duas delas muito evidentes:
- O corpo do siri é mais achatado do que o corpo do caranguejo, que é mais "arredondado"'.
-As patas traseiras do siri são largas, como remos, ao passo que as patas do caranguejo são pontudas.
Essas duas características devem-se ao fato de que os siris estaõ mais bem adaptados ao nado, do que os caranguejos.
Os crustáceos são inofensivos ao homem.
Além disso, são largamente utilizados na alimentação humana. Na verdade,
praticamente todos os artrópodes utilizados como alimento são
crustáceos: camarão, lagosta, siri, caranguejo, tatuíra etc...
EQUINODERMOS
São animais exclusivamente marinhos, como
a estrela-do-mar, o ouriço-do-mar e o pepino-do-mar. São cerca de 5500
espécies, de tamanhos médios, nunca sendo muito grandes ou pequenos.
São características exclusivas dos equinodermos:
Sistema hidrovascular, constituído por vasos em cujo interior, circula água;
Formações existentes na superfície do corpo dotadas de mandíbulas e acionados por músculos;
Endoesqueleto calcário: o esqueleto
interno, recoberto pela epiderme de origem mesodérmica e constituído por
placas calcárias que, em algumas espécies, emitem espinhos;
Resumindo as características do grupo,
podemos dizer que os equinodermos são animais triblásticos, celomados,
deuterostômios e de simetria radial de base pentarradiada quando
adustos. As larvas apresentam simetria bilateral.
O corpo da estrela-do-mar apresenta-se
formado por um disco central do qual partem, radialmente, cinco braços
triangulares. Em algumas estrelas, o número de braços pode chegar a
vinte ou mais.
Os secos são separados. Em cada braço há
um par de gônados. Cada uma destas possui um pequeno canal que se abre
num poro situado na parte superior do disco central.
A estrela-do-mar possui um grande poder de regeneração.
O ouriço-do-mar, chamado de pindá pelos
indígenas, vive em buracos de rochas onde chega a água domar. Seu corpo
tem a forma de um globo achatado e é coberto por espinhos e, entre eles,
pedicelárias.
Os pepinos-do-mar são animais de corpo
alongado e mole. Suas placas calcárias são pequenas e não se soldam como
ocorre no ouriço-do-mar.
Os equinodermos ofiuróides assemelham-se
às estrelas-do-mar, mas seus braços são muito finos. Esses braços são
articulados e capazes de movimentar água.
O lírio-do-mar possui um pedúnculo pelo
qual se fixa ao solo marinho ou a recifes de corais. Na extremidade do
pedúnculo existe um disco em forma de cálice do qual partem cinco braços
ramificados. Alguns desses braços são capazes de se soltar e flutuar.
CORDADOS
O
Filo dos Cordados, do latim
Chordata, compreende um grande grupo de animais que, em alguma fase da vida compartilham características morfológicas (como a
notocorda) que indicam a existência de um ancestral comum. São triblásticos (possuem os três
folhetos germinativos),
deuterostômios
(o blastóporo dá origem ao ânus) e celomados. Este grupo abriga cerca
de 40 mil espécies que ocupam os mais variados habitats. As
características que os distinguem dos demais animais são as seguintes:
Notocorda:
é uma estrutura de sustentação, de posição dorsal e longitudinal,
localizado entre o tubo neural e o tubo digestório, correspondente a um
bastonete maciço e flexível. É a primeira estrutura de sustentação de um
cordado. Ocorre em toso os cordados em alguma fase da vida, podendo
persistir na fase adulta, como nos protocordados, exceto nos tunicados.
Nos animais que ela não persiste, é substituída pela
coluna vertebral.
Fendas branquiais na faringe: São estruturas
embrionárias, podendo permanecer na fase adulta, e até desaparecer na
fase embrionária. Nos cordados aquáticos ela persistem na fase adulta e
têm função respiratória. Nos cordados terrestres elas desaparecem para
que da faringe possa surgir a traquéia, estrutura respiratória destes
animais.
Sistema nervoso dorsal: Como o nome já diz, o tubo nervoso ocupa a posição dorsal, e localiza-se logo acima da notocorda. Deriva-se da invaginação da
ectoderme dorsal do
embrião.
O tubo nervoso dorsal é bem desenvolvido nos adultos, mas pode ser
reduzido em alguns protocordados. Os animais não-cordados possuem um
sistema nervoso mais simples, do tipo ganglionar e ocupa a posição
ventral no corpo e esta é uma característica que distingue os cordados
dos demais animais.
Cauda pós-anal: É uma cauda que se estende além do ânus.
No grupo dos cordados ainda há animais invertebrados, como o anfioxo. Os tunicados e os cefalocordados ainda são filtradores.